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cartografia ade ona
MEMÓRIAS, RESISTÊNCIA E MANIFESTAÇÕES CULTURAIS EM DIADEMA 

Aquilombar-se foi o caminho que diademenses pretos e pretas encontraram para que hoje Diadema seja a quarta maior cidade em população negra no Brasil. A visibilidade da história preta de resistência artística cultural na cidade precisa ser preservada e publicizada. O Projeto Cartografia Adè (coroa em Iorubá) ọna (caminho em Iorubá) propõe a pesquisa dos territórios da cidade de Diadema que abrigam de forma material e imaterial as expressões culturais e artísticas afrodescendentes da cidade. Realizamos o recorte dos anos de 1980 aos anos 2000 principalmente nos bairros do Eldorado, Campanário e Canhema.

 

Como fonte usaremos textos, fotografias e também daremos lugar à oralidade através de três lives que trarão as narrativas de pessoas significativas para os territórios mapeados.

 

Consideramos esse um primeiro passo em um longo caminho na busca por registrar a história negra de Diadema e proporcionar o acesso para o público em geral.

DIADEMA - ADÈ

 

Diadema integra a Região Metropolitana de São Paulo, formada por 39 municípios e está inserida na região do ABCD Paulista, composta por sete cidades. Está a 17km do marco zero de São Paulo, (localizado na Praça da Sé). Diadema tem 30,7km², o que representa 4,94% de todo o território do ABCD e 0,01% do território estadual. A população da cidade, estimada pelo IBGE em 1.º de julho de 2020, era de 426 757 habitantes, sendo o 14.º município mais populoso do estado e o 57.º do Brasil.

 

A história da cidade está ligada às missões jesuíticas para a catequização dos povos originários que ocupavam o território no século XVII. Nessa época, esses religiosos partiram de São Vicente e reuniram grandes lotes de terra no local onde se desenvolveu Diadema. No território, foi construída uma capela em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, santa que deu nome à pequena vila formada ao redor da igreja.

No século XIX, o local passou a ser caminho dos bandeirantes que iam em direção a Embu na corrida pelo ouro. 

No início do século XX, a rota passou por um processo de urbanização e industrialização. Uma serraria a vapor foi instalada no vilarejo e sua produção abastecia uma indústria de móveis em São Bernardo do Campo. Em 1948 a área, já conhecida como Diadema, tornou-se um distrito deste município e, 5 anos mais tarde, alcançou o status de cidade.

Diadema começa a ser ocupada principalmente pela sua localização o que oportunizou a chegada de alguns moradores no século XVIII e as avenidas Antônio Piranga e Piraporinha são esses primeiros caminhos criados.

 

Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição são os quatro primeiros bairros da região de que viria a se tornar Diadema, ainda pertencentes a São Bernardo do Campo na década de 1940. Cada um desses bairros possuía certa autonomia e o Eldorado tinha características próprias devido a Represa Billings.

Em 1948 através da lei n°233 cria-se o Distrito Diadema, durante essa década as transformações do distrito impulsionam a migração e crescimento da cidade e o interesse na mudança de Diadema de Distrito para Município visando o crescimento local.

Em 24/12/1958 ocorreu um plebiscito em que os residentes do território há mais de dois anos votaram a favor ou contra a emancipação, participaram cerca de 300 eleitores e a emancipação venceu por pequena margem, apenas 36 votos.

Em 1959, realizaram-se as primeiras eleições para os poderes Executivo e Legislativo do município de Diadema. Em 10/01/1960, com a posse do primeiro prefeito, vice-prefeito e vereadores, instalou-se oficialmente o novo município.

 

FONTE: http://www.diadema.sp.gov.br/cidade/25027-historia-2019#:~:text=Em%201948%2C%20com%20a%20Lei,pol%C3%ADticas%20da%20regi%C3%A3o%20de%20Diadema. <acesso em 20 de fevereiro de 2022> 

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